quinta-feira, 1 de julho de 2010

Da impotência.

Perco as contas de quantas vezes já tentei escrever. E tenho medo. Medo que essas linhas desapareçam daqui a pouco. Costumo ter idéias, aos montes. Mas parece que todas fogem de mim, nessa hora tão dolosa. Ah, ser poeta. Trabalho que não me é muito fácil. Nem sei ao certo ser poeta. Quer dizer, acho até que sou. Talvez os melhores poetas ainda não foram revelados por manter o silêncio. Escutei tempo desse alguma coisa que se referia a isso, a esse silenciar de palavras. Venho fazendo-o constantemente. Que triste. Parece que todos possuem o dom da palavra. Há pouco lia uns escritos que me despertaram a inveja, devo dizer. É que fazem parecer tão fácil, esse processo. Minhas palavras não dançam à folha em branco; tropeçam. Meus sentimentos não afloram; congelam. Meu sentido parece não fazer sentido; divago. Paira em mim uma dor de impotência. Perco me em letras, não encontro refúgio em frases. Fico à mercê de qualquer inspiração que foge de mim. Estou desistindo. Definitivamente.

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