Olha, tô indo embora. Não, não vou ficar muito distante: preciso mesmo de um tempo só. Só meu. Não sei se deixo recado na porta. Você me procuraria? Bata, bata aí. Não sei se atendo. Tenho café - chá, se preferir - bons livros, boa música, uma poltrona macia (gosta de perfume na casa?). Só me falta presença, meu bem. Por favor, sem cobranças. É que eu tô precisando ficar ausente, costurar minhas feridas pacientemente. Sou forte, tu me conhece. Não quero que me veja sofrendo. Eu sempre dou a volta por cima, não importa, tu me conhece, tu sabe. Tô saindo. Fechando a porta silenciosamente. Passos miúdos, coração apertado, devagarinho. Sem beijos, sem despedidas. É tudo uma questão: de continuar.
Deixo meus passos em terra molhada. Siga, caso queira.
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